quarta-feira, 30 de julho de 2014

Diário Pessoal: E ai ???


  Quem anda acompanhando aqui sabe do meu sumiço ou se ainda não sabe, minha vida ficou uma correria esses dias. Final de semestre na faculdade, ou seja, trabalhos + trabalhos e provas. Minha mãe foi hospitalizada, fez cirurgia e graças aos anjos ela está se recuperando muito bem. Tentei revesar meu tempo entre faculdade, casa, mãe e sobrinha e minha vida ficou essa correria, e então tive que optar por dar uma afastadinha daqui, mas nada de abandonas, pois aqui tornou o meu cantinho do desabafo, do compartilhar meus gostos etc..
  Esperem que logo as postagem voltam a ser semanalmente por enquanto ainda estou no "postando quado posso". Para finalizar um poema de um autor coreano do qual estou conhecendo:

O POETA


O poeta teve de chorar muitos dias e noites
antes de se tornar poeta.
Com trinta anos apenas,
o poeta já tinha chorado muito pelos outros.


Ser poeta quer dizer: estender as mãos.
Ser poeta quer dizer: consolação.
O poeta está sempre ao lado
dos aflitos, dos pobres, dos sofredores.
Neste mundo de desigualdade,
ele é irmão de todos os solitários.


O poeta nunca se encontra sozinho,
ele alberga em si toda a sabedoria do povo.


Por fim, emudecido, o poeta morre
para que renasça como poema.


Ele é, para sempre, uma estrela fiel no firmamento.


Informações sobre o autor: Ko Un nasceu a 1 de Agosto de 1935, na província Jeolla do Norte, Coreia do Sul. É um dos mais importantes e produtivos poetas coreanos da actualidade. Passou dez anos num convento budista. Em 1960 é publicado o seu primeiro livro de poesia. Desde então publicou para cima de cem livros. Nos anos 70, princípios dos anos 80, foi perseguido, preso e torturado devido ao seu empenhamento político. Ko Un é, desde há anos, um dos sérios candidatos ao Prémio Nobel da Literatura.

P.s: Peguei o poema do blog Casa dos poetas.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Diário Pessoal: Passando o Tempo ...


Então ...

Estou no final do semestre na faculdade,e com isso acredito que nem preciso dizer que minha vida está uma loucura. E pra ajudar acabei pegando um resfriado medonho, graças a minha irmã que foi buscar um vírus de guampinhas na casa da minha tia, o que me rendeu duas semanas, malexa + rinite e sinusite que não querem sarar nunca.

 Adoro ficar gripada (em meia parte é claro, a sensações, e sintomas não, mas ficar na cama, tomando chazinho e  lendo... Hummm muito bom).
Nesse meio termo recebi de presente do meu Pai, um Ipad. O que me rendeu um dia para namorar ele bastante, baixar apps, excluir apps, jogar um pouco e também é claro fiquei a procura de e-reader para minhas amadas leituras, baixei vários testei todos e fiquei com os que mais me agradaram.

Como estava de cama, e a minha fome de leitura tinha aumentado depois que ganhei o Ipad. Acabei devorando alguns livros, e a minha sede ainda não cessou estou em uma semana em que a leitura está fluindo tão bem que tenho medo de que isso gere um ressaca, pois além das leituras que considero por prazer, tenho inúmeras leituras para fazer pra faculdade.

Nesse minha ausência tentei não abandonar demais o blog, e consegui fazer minhas publicações, mas estou nem tudo, pois as divulgações literárias estão em falta, tenho muitas divulgações para fazer e e-mails para responder que ainda não tive tempo.Essa semana espero conseguir  divulgar tudo que tenho pendente, e escrever mais resenhas, que tenho muitas para começar a escrever!

Bom acredito que tenha sido somente isso. Uma ótima semana a todos!!!

sábado, 19 de julho de 2014

Diário Pessoal: Comemorações!


Hoje era para estar postando a resenha do mangá Gen no outro blog, mas ainda não consegui escrever ela *Sorry. Enfim hoje vim aqui postar um recadinho para quem passa aqui ou pelo meu outro blog. Hoje é a formatura do meu primo, e o dia/noite está separado para comemorar com ele essa conquista, por isso acabei não postando a resenha, mas logo estarei dividindo minha opinião com vocês.

Pra encerrar a postagem deixo o Poema Ode marítima de Fernando Pessoa:

Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto.
Há uma vaga brisa.
Mas a minh’alma está com o que vejo menos.
Com o paquete que entra,
Porque ele está com a Distância, com a Manhã,
Com o sentido marítimo desta Hora,
Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,
Como um começar a enjoar, mas no espírito.

Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,
E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente.

Os paquetes que entram de manhã na barra
Trazem aos meus olhos consigo
O mistério alegre e triste de quem chega e parte.
Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos
Doutro modo da mesma humanidade noutros pontos.
Todo o atracar, todo o largar de navio,
É — sinto-o em mim como o meu sangue —
Inconscientemente simbólico, terrivelmente
Ameaçador de significações metafísicas
Que perturbam em mim quem eu fui…

Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve com uma recordação duma outra pessoa
Que fosse misteriosamente minha.